Senado aprova regras para IA no Brasil e votação em Plenário deve ser terça

O Brasil está avançando na regulamentação da Inteligência Artificial (IA) com a aprovação de um projeto de lei pela Comissão do Senado. A proposta, relatada pelo senador Eduardo Gomes (PL-TO), busca estabelecer um marco regulatório para o uso e desenvolvimento de IA no país, com medidas que garantem transparência, segurança e inovação tecnológica.

Principais Diretrizes do Projeto:

  1. Direitos Autorais:
    Desenvolvedores de IA serão obrigados a remunerar autores cujas obras sejam utilizadas para treinar modelos de IA.
  2. Identificação Obrigatória:
    Sistemas de IA deverão ser identificados claramente com símbolos que informem os usuários de sua natureza.
  3. Supervisão de Sistemas de Alto Risco:
    Aplicações em áreas críticas, como segurança e recrutamento, necessitarão de supervisão humana para evitar decisões automáticas sem controle humano.
  4. Punições Severas:
    Sanções incluem multas de até R$ 50 milhões ou 2% do faturamento, suspensão de operações e restrições ao uso de dados.
  5. Flexibilizações:
    • Sistemas em desenvolvimento estarão isentos das exigências legais até sua comercialização.
    • Tecnologias voltadas à defesa nacional e uso privado sem fins econômicos também estarão fora do escopo das regras.

Criação do SIA e Fiscalização:

  • O Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA) será coordenado pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), responsável pela fiscalização e aplicação das normas.

Incentivo à Pesquisa e Inovação:

O projeto prevê regimes simplificados para iniciativas de interesse público, estimulando a pesquisa e a inovação no setor.

Próximos Passos:

A proposta será votada no plenário do Senado na próxima terça-feira, 10. Caso aprovada sem modificações, seguirá para a Câmara dos Deputados. Se mantida, será enviada para sanção presidencial.

Essa regulamentação representa um marco importante para garantir a transparência e a segurança no uso da IA no Brasil, equilibrando o incentivo à inovação com a proteção dos direitos dos cidadãos e autores.

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