Mostras “Fragmentos de um Diário Imaginado” e “Out of the Blue” revelam novas fases da produção do artista
Goiânia abre espaço nesta semana para duas exposições inéditas do artista Pitágoras. A primeira, Fragmentos de um Diário Imaginado, será inaugurada na quinta-feira (2), às 19h, no Centro Cultural da UFG. Já a segunda, Out of the Blue, estreia no sábado (4), às 10h, na Lud Potrich Art Gallery, no Jardim Goiás. Ambas apresentam trabalhos recentes, produzidos a partir de 2024.
Com mais de 30 anos de trajetória, Pitágoras é considerado uma referência da arte contemporânea brasileira. Sua obra se caracteriza pelo gesto compulsivo, pelo imaginário fabular e pelo diálogo entre memórias pessoais e invenções. As duas mostras contam com curadoria de Paulo Duarte Feitoza, professor da Faculdade de Artes Visuais da UFG, e foram viabilizadas pelo Edital da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), da Secretaria de Estado da Cultura de Goiás.
Segundo o curador, as exposições se complementam: enquanto Fragmentos de um Diário Imaginado revela uma narrativa íntima e contínua, Out of the Blue transforma a cor azul em um espaço de fabulação e surpresa. “Em ambas, a pintura aparece como insistência vital, como ofício que atravessa a vida e se reinventa diariamente”, afirmou Feitoza.
Fragmentos de um Diário Imaginado
A mostra reúne 83 trabalhos entre pinturas em tela e em papel, que funcionam como páginas de um diário inventado. O público encontrará insetos, animais fabulares, robôs, super-heróis e astronautas, em composições que transitam entre humor, angústia, excesso cromático e o silêncio dos azuis.
Out of the Blue
Na Lud Potrich Art Gallery, Pitágoras se dedica à exploração da cor azul como elemento central, evocando céu, transcendência, melancolia e silêncio em composições abertas à interpretação.
Sobre o artista
Autodidata, Pitágoras construiu sua carreira fora do meio acadêmico tradicional, inspirado pela cultura popular, ficção científica e teatro. Já integrou acervos de importantes Museus de Arte Moderna em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina e Bahia, além de instituições culturais da capital paulista e da UFG.
Ao longo da carreira, participou de mostras individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Sua obra reflete a disciplina cotidiana do ateliê e um compromisso vital com a pintura. “Pinto porque é a única coisa que me acompanha”, resume o artista.