“Foge da normalidade”, diz Policarpo após discussão entre Mabel e vereadores na Câmara

Presidente do Legislativo defende diálogo e pede que conflitos entre Executivo e vereadores não se repitam em público

O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), comentou nesta quinta-feira, 2, o bate-boca entre o prefeito Sandro Mabel (UB) e vereadores durante a prestação de contas do Executivo. Para ele, a situação “foge um pouco da normalidade” e precisa ser tratada com cautela para evitar novos desgastes.

Mabel deixou a sessão antes do encerramento da apresentação, o que reforçou a tensão no plenário. Policarpo afirmou que vai conversar com o prefeito e com os parlamentares para restabelecer o equilíbrio. “Os dois lados precisam colaborar. Cabe à mesa diretora manter a serenidade e evitar que o clima piore”, disse.

Ele destacou que tanto Mabel quanto os vereadores buscam o melhor para a cidade, mas defendeu que divergências sejam resolvidas internamente: “A roupa suja deve ser lavada dentro de casa, não diante do público ou da imprensa. A sociedade não quer saber quem gosta ou não de quem, mas ver o trabalho sendo feito”.

Sobre investimentos, Policarpo lembrou que o prefeito trabalha com um orçamento herdado, mas disse acreditar que os recursos aumentarão com a aprovação da nova peça orçamentária. “O prefeito já falou em R$ 1,2 bilhão por ano em investimentos. O superávit é o primeiro passo para isso”, destacou.

Questionado sobre rumores de retorno da LDU, negou ter sido procurado pelo Executivo. Ele também comentou a proposta de dar identificação de clubes de futebol a terminais de ônibus, afirmando que a medida não traria custos ao município e seguiria exemplos de cidades como São Paulo.

Quanto à animosidade entre torcidas, minimizou os riscos: “O torcedor que quer brigar vai brigar independentemente do nome do terminal”.

Policarpo ainda comentou a ideia de obrigar a permanência do prefeito em toda a prestação de contas. Para ele, como boa parte da apresentação é técnica, a presença de secretários já é suficiente, mas disse que pode analisar a proposta se contemplar essa divisão de responsabilidades.

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