Medida busca “proteger a categoria feminina” e pode valer já para os Jogos de Inverno em Milão
O Comitê Olímpico Internacional (COI) avalia a possibilidade de proibir a participação de atletas transgênero nas categorias femininas das próximas Olimpíadas. A proposta, segundo o jornal The Times, tem como objetivo “proteger a categoria feminina” e evitar controvérsias como a presença da levantadora de peso neozelandesa Laurel Hubbard nos Jogos de Tóquio, em 2021.
Caso a decisão seja aprovada, as novas regras podem começar a valer já no início de 2025, antes dos Jogos de Inverno de Milão e Cortina, na Itália. Até o momento, o COI nega ter tomado uma decisão final, mas fontes internas indicam que há consenso crescente entre membros da entidade.
A presidente do COI, Kirsty Coventry, ex-nadadora do Zimbábue, havia prometido durante sua campanha que “protegeria as categorias femininas”. De acordo com The Times, a diretora médica e científica do comitê apresentou, recentemente, um relatório com conclusões que indicam vantagens físicas persistentes em pessoas nascidas do sexo masculino, mesmo após anos de tratamento hormonal.
“Foi uma apresentação muito científica e objetiva, com evidências claras”, relatou uma fonte presente à reunião em Lausanne.
Desde 2021, o COI vinha permitindo que cada modalidade esportiva definisse seus próprios critérios de inclusão de atletas trans, desde que mulheres trans mantivessem níveis reduzidos de testosterona. A nova proposta, porém, substituiria essa autonomia por uma diretriz unificada e mais restritiva.
Coventry reafirmou em declarações recentes que a prioridade é equilibrar ciência, inclusão e justiça esportiva: “Precisamos proteger as categorias femininas com base em evidências e diálogo com as federações internacionais, que já avançaram muito nesse tema”.






