Operação Sem Desconto investiga esquema de fraudes no INSS que se espalhou por 14 estados e o Distrito Federal
A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira, 13, o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, e outras seis pessoas durante nova fase da Operação Sem Desconto, que apura um esquema de fraudes no órgão. A investigação teve início após revelações publicadas pelo portal Metrópoles.
Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e o ex-ministro da Previdência José Carlos Oliveira, também conhecido como Ahmed Mohamad. Oliveira, que chefiou a pasta durante o governo de Jair Bolsonaro, foi alvo de decisão judicial que determinou o uso de tornozeleira eletrônica.
A ofensiva mobilizou policiais federais e auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) em 63 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão preventiva, além de outras medidas cautelares. As ações ocorreram em 14 estados — entre eles Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Paraná — e no Distrito Federal.
Segundo as investigações, o grupo é suspeito de desviar recursos e facilitar concessões irregulares de benefícios previdenciários por meio de manipulação de sistemas e uso de documentos falsos.
A defesa de Alessandro Stefanutto informou, em nota, que ainda não teve acesso à decisão judicial que determinou a prisão do ex-presidente e classificou a medida como “completamente ilegal”. Os advogados alegam que ele não teria praticado qualquer ato para obstruir as investigações e afirmaram que vão analisar os fundamentos da decisão para adotar as medidas cabíveis.






