Atacante do Flamengo pode ser suspenso por até dois anos; caso também corre na Justiça comum
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) agendou para 4 de setembro o julgamento do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, acusado de envolvimento em manipulação de resultados. O processo será analisado pela Primeira Comissão Disciplinar do tribunal.
O jogador foi denunciado com base nos artigos 243 e 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que tratam de conduta prejudicial à equipe e manipulação para obtenção de vantagem financeira. Caso seja condenado, Bruno Henrique pode receber suspensão de até dois anos.
Além dele, também serão julgados seu irmão, Wander Nunes, e outros três investigados identificados como apostadores: Claudinei Mosquete Bassan, Andryl Sales Nascimento e Douglas Ribeiro Barcelos. A denúncia se baseia em mensagens de WhatsApp apreendidas pela Polícia Federal, nas quais Wander fala em apostas e cita a “ideia do cartão”, além de pedir dinheiro ao jogador.
Paralelamente ao processo no STJD, Bruno Henrique também responde na Justiça comum do Distrito Federal, sob a Lei Geral do Esporte. O artigo 200 da legislação prevê pena de dois a seis anos de prisão para quem frauda competições esportivas.
As investigações começaram após órgãos de monitoramento identificarem movimentação atípica em apostas envolvendo a possibilidade de Bruno Henrique receber cartão amarelo no jogo entre Flamengo e Santos, em novembro de 2023. O atacante acabou advertido nos minutos finais da partida, fato que levantou suspeitas e levou à abertura do inquérito.
