Caiado repudia plano golpista deflagrado pela PF e defende a identificação de mentores da ação

O governador criticou o atual cenário político no Brasil e frisou a necessidade do respeito à democracia

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), comentou durante um evento em Goiânia, na terça-feira (19), sobre a Operação Contragolpe, realizada pela Polícia Federal no mesmo dia. A operação desarticulou uma organização criminosa que planejava um golpe de Estado, incluindo o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice, Geraldo Alckmin, além de tentativas de impedir a posse do atual governo após as eleições de 2022.

Democracia e polarização

Caiado expressou indignação com o plano golpista e ressaltou a importância do respeito à democracia. Ele afirmou nunca imaginar que algo tão extremo pudesse ser planejado e enfatizou que o processo eleitoral deve ser aceito, independentemente do resultado. “O respeito à democracia está acima de tudo”, disse, destacando que o Brasil precisa de mais paz e civilidade na política.

O governador também demonstrou preocupação com a polarização política no país, alertando para os riscos de uma política marcada por extremismos. “Cada um, dentro das suas posições extremadas, não vai levar o Brasil a ter civilidade na prática política e, muito menos, no futuro do país”, destacou.

Penalização proporcional

Caiado defendeu uma distinção clara entre os mentores do plano golpista e aqueles que foram manipulados. Ele afirmou que os líderes devem receber punições exemplares, enquanto as penas para aqueles que atuaram como “massa de manobra” podem ser mais brandas.

Ao ser questionado sobre a possível responsabilização do ex-presidente Jair Bolsonaro, Caiado afirmou que cabe ao Judiciário investigar e julgar, sem prejulgamentos. “Qualquer pessoa que se proponha a arquitetar um plano para matar alguém ou para dar um golpe de Estado deve ser punida”, afirmou.

Críticas à gestão anterior

O governador criticou a falta de atuação do governo federal anterior na prevenção de situações como a do plano golpista. Ele afirmou que a inteligência federal falhou ao não monitorar ameaças divulgadas abertamente nas redes sociais. Caiado comparou a situação com a resposta mais rápida e eficaz que, segundo ele, seria vista em países como os Estados Unidos.

Chamado à pacificação

Caiado finalizou apelando por um esforço coletivo para a pacificação do ambiente político no Brasil. “Não é a hora de buscar responsáveis por tudo, mas de construir pontes e um bom debate para garantir a estabilidade democrática do país.”

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