Prints anexados ao relatório final da Polícia Federal, que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mostram Eduardo usando palavrões para atacar o pai depois de ser chamado de “imaturo” em entrevista concedida pelo ex-presidente.
O desentendimento ocorreu em 15 de julho, após divergências de Eduardo com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em mensagens via WhatsApp, o deputado escreveu em maiúsculas: “VTNC SEU INGRATO DO CAR4LHO”, utilizando a sigla que significa “vai tomar no c…”.
Em nota, Eduardo criticou o vazamento das conversas privadas e justificou suas reações:
“Me fudendo aqui! VC ainda te ajuda a se fuder aí! Se o IMATURO do seu filho de 40 anos não puder encontrar com os caras aqui, PORQUE VC ME JOGA PRA BAIXO, quem vai se fuder é vc E VAI DECRETAR O RESTO DA MINHA VIDA NESTA PORRA AQUI.”
Na entrevista ao portal Poder360, Bolsonaro disse que as divergências entre Eduardo e Tarcísio estavam superadas e afirmou:
“Ele, apesar de ter feito 40 anos de idade agora, né… ele não é tão maduro assim, vamos assim dizer, talhado para a política… tá bem. Ele acerta 90% das vezes, 9% quando meio e 1% está errando.”
Após a entrevista, Eduardo enviou novas mensagens ao pai, misturando críticas e pedidos de compreensão, incluindo comparações com o ex-presidente Michel Temer:
“Quero que vc olhe para mim e enxergue o Temer, vc falaria isso do Temer?”
Segundo a PF, parte do diálogo ocorreu via mensagens de áudio que não puderam ser recuperadas. No dia seguinte, Eduardo se desculpou com Jair Bolsonaro, alegando que estava “puto na hora”.