TikTok, plataforma popular de vídeos curtos com mais de 170 milhões de usuários nos EUA, é alvo de uma legislação aprovada em 2024 que exige que a empresa se desvincule de sua controladora chinesa
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste domingo (6) que a recente mudança de postura da China em relação a um possível acordo envolvendo o TikTok foi motivada pelas novas tarifas comerciais impostas por Washington. Segundo ele, a pressão econômica surtiu efeito direto nas tratativas com Pequim.
Na sexta-feira anterior (4), Trump havia anunciado a extensão do prazo para que a rede social de vídeos curtos encontrasse um comprador fora do território chinês, como forma de evitar a sua proibição nos Estados Unidos. A nova janela é de 75 dias, e veio logo após o governo americano anunciar uma sobretaxa de 34% sobre todas as importações vindas da China.
“Nós estávamos bem próximos de um entendimento sobre o TikTok — não um contrato assinado, mas quase lá — e a China recuou por causa das tarifas”, afirmou Trump. “Se eu reduzisse um pouco essas taxas, eles aceitariam o acordo em questão de minutos. Isso mostra o poder que temos nas mãos.”
A plataforma, que ultrapassa 170 milhões de usuários nos EUA, está sob pressão de uma lei aprovada em 2024 que exige a separação da ByteDance, sua controladora chinesa. Caso essa exigência não seja atendida, o aplicativo poderá ser banido do país. Durante seu governo, Trump já havia levantado preocupações semelhantes, e agora volta a pressionar pela saída da empresa chinesa.
A ByteDance confirmou que está em diálogo com autoridades norte-americanas na tentativa de encontrar uma alternativa viável para manter a operação do TikTok nos Estados Unidos. No entanto, a empresa ressaltou que ainda há “pontos críticos pendentes” e que qualquer avanço dependerá de aprovações regulatórias. Até o momento, nenhuma negociação foi formalizada.
