Goiás registra taxa de desemprego de 6,1% no primeiro trimestre deste ano

Valor ficou abaixo da média nacional, que foi de 7,9%

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) sobre as taxas de emprego em Goiás. Segundo os dados, a taxa de desocupação no estado foi de 6,1%. Em números absolutos, isso representa aproximadamente 248 mil pessoas desempregadas.

Comparando-se com a taxa de desemprego do trimestre anterior, que era de 5,6%, e com a do mesmo semestre do ano anterior, que foi de 6,7%, nota-se uma estabilidade na taxa de ocupação em Goiás. Desde o pico de desemprego no primeiro trimestre de 2022, com 8,9% de desocupação, Goiás registrou sete trimestres consecutivos com taxas abaixo de 7%. Durante o auge da pandemia em 2021, essa taxa quase atingiu 14%.

Força de Trabalho e Renda

A pesquisa também mostrou que a força de trabalho em Goiás (incluindo ocupados e desocupados) era de 4,1 milhões de pessoas no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que representa 98 mil trabalhadores ativos a mais em 2024.

Em termos de renda, o ganho médio dos trabalhadores goianos foi de R$ 3.137, ligeiramente acima da média nacional de R$ 3.123. Esse valor representa um aumento em comparação com o trimestre anterior (R$ 3.100) e com o mesmo período de 2023 (R$ 3.014).

A taxa de subutilização da força de trabalho em Goiás, que inclui subocupados por insuficiência de horas, desocupados, indisponíveis ou desalentados, foi de 12,5%, correspondendo a 528 mil pessoas. No trimestre anterior, essa taxa foi de 11,6%, e no primeiro trimestre de 2023 foi de 13,5%, indicando estabilidade nesse indicador.

Informalidade

A PNAD Contínua também revelou a taxa de informalidade no estado, que foi de 35,9% no primeiro trimestre de 2024. Este é o menor valor desde 2016 e representa uma queda em relação ao trimestre anterior (fim de 2023), que registrou 37,2%. Em números absolutos, cerca de 1,4 milhões de trabalhadores estavam na informalidade nesse período.

Em nível nacional, Goiás ocupou a sétima posição entre os estados com menor índice de trabalhadores informais, enquanto a média nacional foi de 38,9%. O IBGE define como informais os trabalhadores domésticos e do setor privado sem carteira assinada, empregadores e autônomos sem CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares.

O emprego formal, por outro lado, manteve-se estável em comparação com os períodos anteriores.

Cenário Nacional

No Brasil, a taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2024 foi de 7,9%, um aumento de 0,5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Oito estados apresentaram aumento na taxa de desemprego. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, a taxa permaneceu estável. No Nordeste, aumentou de 10,4% para 11,1%; no Sudeste, de 7,1% para 7,6%; e no Sul, de 4,5% para 4,9%.

O Amapá foi o único estado a registrar uma queda significativa na taxa de desocupação, passando de 14,2% no último trimestre de 2023 para 10,9% no primeiro trimestre de 2024. Por outro lado, Bahia e Pernambuco apresentaram as maiores taxas de desocupação, com 14% e 12,4%, respectivamente.

O levantamento do IBGE também destacou que a desocupação é maior entre mulheres, pessoas negras, pardas e aquelas com ensino médio incompleto, superando a média nacional de 7,9%. A taxa de desocupação entre homens foi de 6,5%, enquanto entre mulheres foi de 9,8%. Para pessoas brancas, a taxa foi de 6,2%, enquanto para pardos e pretos foi de 9,1% e 9,7%, respectivamente. A taxa de desocupação entre pessoas com ensino médio incompleto foi de 13,9%, e para aquelas com ensino superior incompleto foi de 8,9%, sendo que aqueles com diploma de ensino superior apresentaram uma taxa de desocupação de 4,1%.

Esses dados refletem as desigualdades de gênero, raça e escolaridade no sistema de empregabilidade brasileiro.

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