Governo eleva teto do Minha Casa, Minha Vida para até R$ 275 mil nas faixas de menor renda

Aumento busca ampliar número de imóveis financiáveis e impulsionar adesão de construtoras ao programa habitacional

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou o reajuste dos valores máximos de imóveis que podem ser financiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida nas faixas 1 e 2, voltadas às famílias de menor renda. O novo limite passa a ser de até R$ 275 mil, com variação conforme o município.

O reajuste não altera o subsídio concedido diretamente às famílias, mas amplia o leque de imóveis que se enquadram nas regras do programa. Até então, o teto de financiamento era de R$ 264 mil para famílias com renda bruta de até R$ 4.700 mensais. Com a mudança, 263 municípios serão beneficiados, de acordo com o Ministério das Cidades.

A decisão foi motivada pela queda nas contratações nas faixas de menor renda, especialmente na região Norte do país. O governo espera que o reajuste estimule a participação de construtoras e incorporadoras nessas faixas, compensando os efeitos da alta nos custos da construção civil.

A medida também é estratégica para o cumprimento da meta do governo Lula de contratar 3 milhões de moradias até o fim do mandato, superando o objetivo inicial de 2 milhões. Em 2025, já foram contratadas quase 200 mil unidades na faixa 1 e cerca de 157 mil na faixa 2 — juntas, elas representam 29% das contratações do ano.

Segundo o governo, a expectativa é fechar 2025 com 660 mil unidades contratadas, das quais 620 mil financiadas com recursos do FGTS, o que representaria um recorde histórico para o programa.

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