Fintech afirma que evitou danos e acionou autoridades após identificar plano de ataque virtual
O Nubank confirmou a demissão de dois colaboradores acusados de planejar uma sabotagem aos sistemas internos da empresa. Segundo comunicado interno assinado pelo diretor de tecnologia, Eric Young, as dispensas foram por justa causa, e as autoridades competentes já foram acionadas. O executivo destacou que qualquer tentativa de ataque a sistemas financeiros é considerada crime federal e que a fintech conseguiu neutralizar o plano antes que causasse prejuízos.
Com esses desligamentos, o total de demissões por justa causa na empresa chegou a 14 apenas na última semana. As 12 primeiras ocorreram após uma reunião online com cerca de 7 mil funcionários, quando foram anunciadas mudanças no modelo de trabalho — de remoto para híbrido, com exigência de três dias presenciais por semana.
A decisão gerou insatisfação entre parte dos colaboradores, especialmente os que residem fora das cidades onde o Nubank mantém escritórios. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região solicitou a suspensão das dispensas, alegando que os trabalhadores têm direito de expressar discordância em relação às novas medidas.
A fintech, por sua vez, reiterou que mantém canais abertos para o diálogo, mas não tolera violações de conduta ou ações que ameacem a segurança da empresa.
O CEO David Vélez, atualmente residente no Uruguai, informou que se mudará para um país com escritório do Nubank para acompanhar de perto a transição para o novo modelo de trabalho. A instituição também anunciou planos de expansão, com novas unidades em Campinas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Miami e Palo Alto, além das já existentes em São Paulo, Cidade do México e Bogotá.
O Nubank possui cerca de 9.500 funcionários distribuídos em diferentes países, e as mudanças visam, segundo a direção, fortalecer a cultura interna, fomentar a inovação e aprimorar o desempenho operacional.
