Assembleia nesta 5ª feira decidirá paralisação na capital
Os trabalhadores da rede municipal de ensino de Goiânia poderão entrar em greve nos próximos dias. O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego) convocou uma assembleia com indicativo de paralisação para esta quinta-feira (8), no Cepal do Setor Sul. O encontro ocorre após novas reuniões com a Prefeitura, que, segundo o sindicato, não apresentou propostas concretas para atender as demandas da categoria.
Entre os principais pontos de reivindicação estão o pagamento do piso salarial nacional do magistério, a data-base dos servidores, progressões e titularidades em atraso, além da reestruturação do plano de carreira dos profissionais administrativos. O Sintego também exige a convocação de aprovados em concurso público, frente ao déficit de servidores na rede municipal, e a retomada de práticas de gestão democrática nas escolas.
A presidente do Sintego, deputada estadual Bia de Lima (PT), classificou as negociações como improdutivas. “Há muita conversa, mas nada de propostas plausíveis. Isso deixa a categoria irritada. Não estamos pedindo nada novo, estamos cobrando direitos”, declarou ao portal Mais Goiás. Bia também criticou a postura do Executivo: “Quando o contribuinte não paga seus impostos, enfrenta sanções. Quando é o poder público que deve cumprir a lei e os direitos dos trabalhadores, só vemos lamentações.”
A assembleia desta quinta será decisiva para definir os próximos passos do movimento. Segundo o sindicato, todos os detalhes das negociações com o Paço Municipal serão apresentados aos servidores durante o encontro.
Por meio de nota ao Mais Goiás, a Secretaria Municipal de Educação (SME) afirmou manter diálogo constante com os profissionais e suas representações. Segundo o comunicado, a secretária atendeu todas as agendas solicitadas pelo Sintego e ouviu as reivindicações apresentadas, reforçando o compromisso com a valorização da educação e a busca de soluções de forma responsável e transparente.