Sessão será transmitida ao vivo; ex-presidente não participará da abertura por motivos de saúde
O Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta terça-feira (2/9) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sete de seus aliados, apontados como integrantes do chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado em 2022. A análise do caso caberá à Primeira Turma, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, com sessões transmitidas ao vivo pelo Mais Goiás e pelo canal oficial do portal no YouTube.
Bolsonaro não comparecerá à abertura do julgamento. De acordo com sua defesa, o estado de saúde delicado motivou a decisão: o ex-presidente enfrenta crises de soluço e episódios de vômito, além de problemas de hipertensão e refluxo. Em prisão domiciliar desde 4 de agosto, ele deixou a residência apenas uma vez, no dia 16, para exames médicos. Pessoas próximas relatam fragilidade física e psicológica.
Como será o julgamento
A dinâmica seguirá etapas já definidas:
- Leitura do relatório pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, que fará um resumo do processo;
- Manifestação da PGR, com o procurador-geral Paulo Gonet defendendo a condenação dos réus por cinco crimes;
- Sustentação das defesas, com uma hora para cada advogado apresentar argumentos;
- Voto do relator, seguido da votação dos demais ministros, em ordem de antiguidade.
Datas das sessões
- 2/9 (terça): 9h às 12h e 14h às 19h
- 3/9 (quarta): 9h às 12h
- 9/9 (terça): 9h às 12h
- 10/9 (quarta): 9h às 12h e 14h às 17h
- 12/9 (sexta): 9h às 12h e 14h às 19h
Réus envolvidos
Além de Bolsonaro, respondem no processo:
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF
- Augusto Heleno, general da reserva e ex-chefe do GSI
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no processo
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
- Walter Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Defesa e da Casa Civil
A expectativa é de que o julgamento se estenda ao longo de setembro, em meio à forte atenção política e social que o caso desperta.