Técnicos apontam falhas no aterro de Goiânia, Prefeitura defende investimentos e MP cobra transparência

O aterro sanitário de Goiânia voltou ao centro das discussões após vistoria da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad), que apontou falhas como ausência de recobrimento de resíduos, drenagem inadequada e falta de pedido formal de licenciamento ambiental.

Segundo o superintendente de licenciamento, Ialdo de Queirós, parte da documentação entregue pela Prefeitura é antiga e não reflete a situação atual. Ele destacou que problemas já apontados seguem sem solução.

Em contraponto, o prefeito Sandro Mabel (UB) afirmou que a atual gestão já investiu R$ 14 milhões em máquinas, monitoramento e tratamento de chorume, garantindo que o aterro não apresenta vazamentos. O prefeito também acusou pressões para que os resíduos fossem enviados a aterros privados, o que custaria R$ 10 milhões a mais por mês.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) reconheceu avanços nos últimos meses, mas reforçou a necessidade de documentação técnica e cronogramas formais para garantir transparência. O promotor Juliano de Barros afirmou que a gestão atual quebrou um ciclo de 14 anos de inércia, mas cobrou clareza: “Só falar que vai fazer não basta. É preciso apresentar documentos e contratos”.

Durante a reunião, houve debate acalorado entre o promotor e o prefeito. Juliano apontou mau cheiro e resíduos expostos, enquanto Mabel garantiu que há cobertura diária e avanços inéditos em oito meses de gestão.

O MP concluiu reforçando que não pretende inviabilizar o aterro, mas assegurar que ele seja regularizado com transparência e responsabilidade.

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