Documento apresenta diagnóstico crítico da economia brasileira e propõe reformas profundas para destravar crescimento do país
A Federação União Progressista (UP), formada por União Brasil e Progressistas, lançou nesta semana um manifesto público defendendo um “Choque de Prosperidade” como caminho para destravar o crescimento do Brasil. O documento propõe reformas estruturais profundas e faz uma análise crítica da trajetória econômica do país nas últimas décadas.
Intitulado “Por um Choque de Prosperidade e pela Modernização do Estado”, o texto coloca a federação como força central no Congresso Nacional e sugere que a UP tem papel determinante na construção de um futuro com mais desenvolvimento, justiça social e eficiência institucional.
Um dos pontos centrais do manifesto é a crítica ao que chama de “demostagnação” — uma combinação entre democracia e estagnação econômica. A expressão é usada para descrever a baixa taxa de crescimento do país, que, segundo o texto, acumulou aumento de apenas 167% no PIB em 40 anos, enquanto nações como China e Índia alcançaram marcas muito superiores no mesmo período.
Apesar de reconhecer avanços como a estabilização promovida pelo Plano Real e a ampliação de programas sociais, o manifesto destaca que o Brasil só superará de fato a desigualdade quando houver um salto significativo na renda per capita. Para ilustrar, o texto cita uma projeção que aponta o ano de 2368 como o possível marco para dobrar a renda atual dos brasileiros, caso o ritmo de crescimento se mantenha como está. “Não podemos aceitar esse horizonte a perder de vista!”, alerta a federação.
Entre as soluções propostas, a UP defende uma profunda reforma do Estado, que vá além da administração pública tradicional. O grupo propõe maior uso de tecnologia, reestruturação dos entes estatais e uma redefinição das funções dos Três Poderes, com o objetivo de tornar a máquina pública mais eficiente e menos burocrática.
A federação destaca a importância do Estado em áreas como saúde, educação e segurança pública, mas afirma que sua atuação deve ser estratégica e não sufocar a iniciativa privada. “O Estado não pode continuar sendo um obstáculo à prosperidade”, argumenta o manifesto.
O documento também ressalta a necessidade de criar um ambiente institucional estável para atrair investimentos nacionais e internacionais, embora não apresente medidas específicas. Ainda assim, sinaliza o desejo da federação de liderar articulações políticas no Congresso e impulsionar pautas consideradas estratégicas para o desenvolvimento do país.
Por fim, a União Progressista se coloca como um ponto de equilíbrio e racionalidade no cenário político, com o compromisso de construir maiorias parlamentares e promover o avanço de reformas estruturais com responsabilidade.
